sexta-feira, maio 23, 2008

NOTÍCIA DO JORNAL "PÚBLICO"

União Europeia é mais uniforme que os Estados Unidos
Portugal é o país da UE com mais desigualdades na distribuição de rendimentos
22.05.2008 - 16h45 Lusa
Portugal foi hoje apontado em Bruxelas como o Estado-membro com maior disparidade na repartição dos rendimentos, ultrapassando mesmo os Estados Unidos nos indicadores de desigualdade.
O Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia (UE) em 2007 conclui, no entanto, que os rendimentos se repartem mais uniformemente nos Estados-membros do que nos Estados Unidos, à excepção de Portugal.
O relatório é o principal instrumento que a Comissão Europeia utiliza para acompanhar as evoluções sociais nos diferentes países europeus. Os indicadores de distribuição dos rendimentos mostram que os países mais igualitários na distribuição dos rendimentos são os nórdicos, nomeadamente a Suécia e Dinamarca."Portugal distingue-se como sendo o país onde a repartição é a mais desigual", salienta o documento que revela não haver qualquer correlação entre a igualdade de rendimentos e o nível de resultados económicos.
Contudo, se forem comparados os coeficientes de igualdade de rendimentos dos Estados-membros com o respectivo PIB (Produto Interno Bruto) por habitante constata-se que os países como um PIB mais elevado são, na sua generalidade, os mais igualitários.

O RELÓGIO

Um cidadão morreu e foi para o céu.
Enquanto estava em frente a São Pedro nas Portas Celestiais, viu uma enorme parede com relógios atrás dele.
Perguntou:
-O que são todos aqueles relógios?
São Pedro respondeu:
-Toda a gente na Terra tem um Relógio da Mentira.
-Cada vez que você mente, os ponteiros movem-se mais rápido.
-São Relógios da Mentira...
- Oh! - exclamou o cidadão. De quem é aquele relógio ali?
- É o da Madre Teresa. Os ponteiros nunca se moveram, indicando que ela nunca mentiu.
- E aquele, é de quem?
- É o de Abraham Lincoln. Os ponteiros moveram-se duas vezes, indicando que ele só mentiu duas vezes em toda a sua vida.
- E o Relógio do Sócrates, também está aqui?
- Ah! O do Sócrates está na minha sala.
-Ai sim? - espantou-se o cidadão.
Por quê?
-E São Pedro, rindo:
- Uso-o como ventoinha de tecto!

segunda-feira, maio 12, 2008

A peixeirada do costume

A PEIXEIRADA DO COSTUME E O PORTUGAL REAL
Passado que foi um ano do desaparecimento da menina inglesa no Algarve os nossos meios de comunicação social, principalmente os audiovisuais, repetiram até à exaustão o nefasto acontecimento. Foram horas e horas de mesas redondas, quadradas e bicudas, foram comentadoras a repetir pela milésima vez aquilo que toda a gente sabe, foram reportagens a mostrar a mesma rua, o mesmo apartamento a mesma piscina, as mesmas caras já vistas centenas e milhares de vezes. Foram telejornais que para cumprirem horários nos massacraram com as mesmas conversas e reportagens. Resumindo e concluindo, tudo isto valeu zero, custou muito dinheiro e todos nós ficamos a saber o mesmo.
Toda esta conversa para dizer o seguinte: também no início de Maio o meu pai foi acometido de doença súbita. Levado para o centro de saúde de S. Pedro do Sul numa ambulância, foi redireccionado para Viseu após os primeiros socorros. Aí de imediato lhe fizeram a triagem e colocada uma abraçadeira amarela. Com esta cor o tempo de espera para observação (segundo inscrição no local) deveria ser de 1 hora. Foi observado passadas 3 horas. Nos corredores da urgência estavam mais 22 doentes em macas, uns em silêncio outros a chorar a gemer ou a gritar. Como o caso do meu pai obrigou a internamento, seria suposto ir para a enfermaria (medicina interna) de seguida. Mas só foi passadas cerca de 24 horas por falta de vagas. Durante este tempo esteve numa maca nos corredores.
Mas as nossas maravilhosas televisões não perdem tempo a mostrar o país real, porque não querem porque não as deixam ou porque isto não dá dinheiro. E os nossos maravilhosos políticos fecham maternidades, fecham escolas fecham urgências e fecham o que lhes dá na real gana. E tudo com o argumento do benefício para os portugueses. O resto para eles é tudo ficção.